terça-feira, 28 de outubro de 2008

Protesto? Não, é ignorância mesmo.


Pichadores se sentem excluídos e protestam contra o grafite nas ruas de São Paulo.

Arte de Protesto, ou protesto contra arte. Na minha humilde opinião, como apreciadora de arte, principalmente do grafite e contra pichação desenfreada, narcisista e sem sentido, estou completamente decepcionada pela ação dos pichadores “Anarquistas”, uma das justificativas que deram para um ato tão ignorante.

Ir contra a massificação artística como a ação que fizeram, aplaudido na Bienal é uma coisa, “atacar” artistas que estão em ascensão pelo seu talento e sua luta constante para que o grafite fosse finalmente reconhecido como arte, é pura ignorância.

Grafite tem que ficar nas ruas. Sim, nas ruas e nas galerias, porque não. Grafite é arte, arte é para apreciar, arte é para consumir. E viver da sua arte é um reconhecimento, fruto de muito trabalho e oportunidade.

Afinal nenhum artista gostaria de desperdiçar seu talento em uma cadeira de telemarketing.

É possível viver de arte, e ganhar dinheiro com seu talento não é nenhuma vergonha, muito pelo contrário, isso se chama Inteligência. E todos os grafiteiros que são referencia no Brasil e estão expondo no exterior estão aí para provar isso.

O que está acontecendo com essa meia dúzia de pichadores frustrados que não tem coragem, ou não tem talento mesmo, de triunfar através de seu arte e ficam se escondendo atrás de uma parede- pichada, claro- são completos invejosos. Ao invés de se unirem, aprender com aqueles que se aproveitam do seu talento, não, ficam querendo arranjar picuinhas, falando que o grafite foi vendido, que é uma panelinha, não tem mais a mesma característica. Ah, conversinha para boi dormir né, vão ler um livro, estudar mais sobre o que é arte, virar gente. Ignorância é a pior das doenças, e conviver com pessoas como essas ilustra ainda mais o país pobre, sem educação em que vivemos. Felizmente, ao contrário dessa minoria, existem muitos outros que batalham para a inclusão social e artística, e seu entendimento. E, se aqueles ignorantes ainda não perceberam que é exatamente isso que os grafiteiros que eles criticam estão exatamente fazendo esse papel, sinto muito por eles, pois vão continuar à margem de uma sociedade que é tão cruel e excludente.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Música do momento...

Duas Cores
(Mombojó)

Agora eu sei o que quero enxergar
Esse colorido não devia mais me enganar
Porque a cor deforma
Quando a luz vem a brilhar
E assim seu olho, começo a decifrar

Dai-me outra cor
Que não seja a do seu olhar
Dai-me outro amor
Que venha pra me perpetuar
Dai-me outra cor
Que não tenha o que eu quero enxergar
Dai-me uma dor que sirva para eu acordar
Dai-me outra cor
Dai-me o amor
Dai-me uma dor

Pelas esquinas que eu andei
Nenhuma delas te encontrar
Mas eu tô sempre por aqui
Quando quiser é só chamar
Andando reto sem destino
Vivendo sempre do passado
Não quero mais me desmentir
Eu não vou mais te procurar

Pelas esquinas que eu andei
Nenhuma delas te encontrar
Mas eu tô sempre por aqui
Quando quiser é só chamar
Andando reto sem destino
Vivendo sempre do passado
Não quero mais me desmentir
Não vou mais te procurar


Tem músicas que decifram exatamente o que sentimos.
Esclarecem os sentimentos e dão sentido ao momento.

(Momento de mudanças...)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Reflexões de um fim de semana, um tanto quanto perturbado....

Tenho tido finais de semana um tanto confusos. Brigas, intrigas, ciúmes. Um verdadeiro Deus-me-acuda. Porém, quando acho que tudo vai se acertar, algo ocorre e deixam minhas segundas ainda mais reflexivas e indefiníveis.

Beber é bom, encher a cara é ótimo, mas ultrapassar limites é péssimo. Sei muito bem disso há anos, mas sempre insisto em tentar reverter à teoria, na esperança de que um dia tudo mude, e que os limites tenham sido feitos para serem ultrapassados. Ledo engano, claro, já que a palavra limite já se justifica sem nem precisar chegar direto aos fatos com a minha insistente ação.

Memória. Pensava que essa palavrinha ingrata que já me dá tanto trabalho no dia a dia fazendo com que eu tenha que anotar absolutamente tudo em papeizinhos espalhados pelo quarto para não esquecer o que devo fazer, mesmo que esqueça aonde os deixei, me desse dor de cabeça o suficiente. Pois a ovelha negra dessa família, a Amnésia Alcoólica é ainda mais insistente e inoportuna. Depois de alguns exagerados goles de vinho, caipirosca e um grande toque de catuaba ela dá o ar da sua graça. Penso seriamente em andar com post-it na balada e escrever cada passo e grudá-los em algum lugar em que posso ver tudo o que fiz naquela noite no dia seguinte. Isso se eu lembrar de anotar. Deve estar pensando, não seria mais fácil maneirar, beber menos, impor limites de vez, tomar juízo oras bolas. Pois é, sempre acho que essa é a melhor solução, juro que toda vez que saio de casa antes da balada deixo isso bem claro para mim mesma: Flávia, hoje vamos maneirar, pelo menos um dia, ou melhor, pelo menos uma noite lembre-se de tudo! Mas outra palavrinha que também insiste em me perseguir e é ainda mais forte e acaba vencendo o coitado do limite, é a impulsividade. Aí quando vou ver, já não vejo nada.

Deve estar achando que sou uma bêbada, louca e irresponsável. Pois sou pior, porque antes conseguia fazer com que esses impulsos se refletissem só a mim, ou pelo menos pensava que só refletissem em mim, mas tenho feito alguns estragos na reflexão de outras pessoas. Pode parecer meio dramático, exagerado. Mas juro que não saio de casa pensando: vou colocar uma pulguinha na orelha de alguém hoje, a vou! é sério, jamais pensei isso. Confesso que já quis me testar diversas vezes, mas sempre eram questionamentos voltados para minha pessoa, se atingia alguém, aí já eram outros quinhentos, pois sempre tive aquela justificativa infalível, já sofri tanto, quero somente curtir a vida. Mas curtir com a vida de outros é que o bicho pega. Quando você se cura dos sofrimentos, ou esquece o quanto já sofreu, que os porres para aniquilar suas frustrações já não se justificam, parece que tudo fica ainda mais pesado, porque não tem motivos para aquilo. Não precisa beber tanto para esquecer, a rotina do sofrimento já se foi, já pode se libertar disso. Só que sua consciência, ou pelo menos a minha é um tanto lerda para absorver essa informação. Ela não percebeu ainda que já posso me divertir por mim mesma, e não porque quero esquecer alguém, ou um passado.

Parece tudo meio confuso, mas cheguei naquela fase da página virada sabe? Estou prestes a virá-la de vez, curtir de forma diferente, sair de forma diferente, paquerar de forma diferente, me apaixonar de forma diferente. Não preciso que apareça alguém para esquecer outro alguém, pois já esqueci. Deveria estar contente, soltar fogos de artifício, mas ainda me martirizo por não precisar disso. É estranho, mas acho que não sou só eu, mas nós seres humanos temos uma patologia muito grave: o costume da infelicidade. As coisas só podem ficar boas se você esquecer o que aconteceu, seja com alguém, seja com um trabalho ou com algum sentido para sua vida e não com a superação. Estamos acostumados a precisar de algo, e não apenas curtir por si só.

Sei que não cometi nenhum crime, mas ainda me sinto mal por não poder lembrar de uma balada inteira, mais especificamente a de sábado passado. E o que é pior, não ter tido alguém (minhas fiéis escudeiras) do meu lado para refrescar minha memória. Se chateei alguém com alguma atitude infundada, ou cometi algum engano, peço-lhe desculpas, mas saiba que me sinto ainda pior por não poder nem ao menos me sentir feliz por lembrar de você...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Educação... para a paz
Educação... para o respeito
Educação... para a política
Educação... para a diversão
Educação... para os ignorantes
Educação... para os sem noção
Educação... para os intelectuais
Educação... para os nobres
Educação... para os pobres
Educação... para os humildes
Educação... para os perdidos
Educação... para os sortudos
Educação... paras os sinceros
Educação... para os coitados
Educação... para os covardes
Educação... para os corruptos
Educação... para os rejeitados
Educação... para os drogados
Educação... para os caretas
Educação... para os moderninhos
Educação... para os sofisticados
Educação... para os burgueses
Educação... para os miseráveis
Educação... para os artistas
Educação... para os cientistas
Educação... para as crianças
Educação... para os idosos
Educação... para os homossexuais
Educação... para os heterossexuais
Educação... para o terrorista
Educação... para o capitalista
Educação... para o socialista
Educação... para o comunista
Educação... para o anarquista



Educação... PARA OS QUE NÃO TEM EDUCAÇÃO !

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

ô Menina !

ô Menina que fala,
Fala, fala, fala
e é difícil mandar bala

ô Menina que pára
para de fazer mala
e vai logo mandar bala

É difícil dizer que sei,
que um dia amei,
mais difícil ainda
é dizer
eu sou quem eu sei.