segunda-feira, 19 de maio de 2008

Desamor

Meu caminho, difícil de traçar. Os espinhos, a vida me fez abraçar. Quero em vão, surpresas que jamais me atenderão.

Sufoco de expectativas, enforco com a ilusão.

Chego um dia no caminho, lado a lado com meu destino.

Aguça-me de esperanças. Invejo a bonança com a falta de arrogância.

Porém sei que há de apodrecer-te o doce viril desejo de conhecer-te.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Que país é esse???


Poxa, que frase mais manjada para começar a falar do Brasil. Mas essa pequena frase com apenas quatro palavras traduz exatamente a aflição e o medo que milhares de pessoas passam nessa “República da Banana”.

Policiais corruptos, bandidos mocinhos que "ajudam" a comunidade, a política que acaba em pizza, pais assassinando filhos e vice-versa e um salário ó.... A maioria do povo brasileiro tem que ser muito é do esperto pra se virar com apenas R$ 415 por mês, e olha que tem gente que não chega nem a um salário mínimo, se vira mesmo é com algumas moedinhas e a caridade de algum ser bondoso que um dia acorda e pensa : Hoje estou de bom humor, vou ajudar os necessitados. Não tirando o mérito de diversas ONGs e voluntários que realmente se preocupam em ajudar, e não deitar em seus belos travesseiros, pena de ganso, com seus cabelos tratados por uma bagatela de R$ 800 reais, e num dia de inspiração, que acontece uma vez por ano, quando a bonança está farta ou num leve ataque de consciência resolve fazer caridade.

É minha gente, viver nesse mundo de meu Deus não é fácil não. Ano de votação, e eis a dúvida: votar no menos pior ou no que rouba mas faz.... Dúvidas de um povo que pela histórica colonização não teve a oportunidade, ou melhor, que teve a sua oportunidade cassada desde que se entende por gente.

- Educação? Não precisa, o povo se vira com o famoso jeitinho brasileiro, pra que facilitar a vida dessa gente, e o prazer de colocar algumas verdinhas na cueca?, deixa essa gente pra lá, vamos nos divertir, um dia eles vão esquecer de tudo mesmo. Distribui umas cestas básicas e algumas dentaduras que já garante uns votos, moleza!!!!

E é assim que vamos caminhando contra o vento, com a verborrologia dessa polimerdia, pois num surto psicótico do povão, que não está longe de acontecer, Um dia se chega lá sim... O gandre mistério é onde se chegará, mas aí já é outra história...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Distante dos ecos da contracultura

Contracultura: A contracultura foi um movimento dos anos 60, quando teve lugar um estilo de mobilização e contestação social e com ele novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o anti-social aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais libertário, resumindo como uma cultura underground, cultura alternativa ou cultura marginal, focada principalmente nas transformações da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de outros espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e pequenas realidades do cotidiano.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre


Muitos historiadores falam que os ecos da contracultura estão em movimentos da subcultura, como punk, hip hop e eletrônico, e, de certa forma derivam diretamente de atitudes como ir contra o governo e aos pensamentos conservadores da sociedade que dominavam aquela época e que de outra maneira dominam até hoje.. Porém, com o capitalismo consolidado praticamente no mundo inteiro, onde tudo se visa o lucro, um “momento de revolta”, no capitalismo, transforma-se em moda, dinheiro e propaganda. Vivemos em um período doutrinário, onde o dinheiro manda e a população obedece.

No final dos anos 60 e início de 70, na contracultura tudo era feito por prazer, para romper um mal estar momentâneo. E esse rompimento visava o bem estar, fugir do que era chato, imposto, e gozar os momentos da vida através da arte, da contestação, e de alguns alucinógenos para dar um barato.

Já nos tempos atuais o prazer se vende, tudo se transforma em mercadoria, tudo é sobrevivência. Será que não soubemos ouvir esses ecos, ou preferimos o domínio e o luxo? A resposta está na cara, ou melhor, na Caras...

O Brasil é um país extremamente atrasado, somos um povo sem cultura, sem educação, que aceita o domínio com facilidade e ainda aperta a mão daquele que o domina. Vive-se em eterna letargia, a maioria das pessoas deixa-se dominar por uma simples conversa de portão, quem dirá pelo espetáculo da mídia, e isso não vem de agora, vem de sempre. Falo da massa, do povão,mas também se incluem uma grande parte de burgueses , aqueles que tem estudo, que possuem “inteligência”, que supostamente engajados de questionamento.

O excesso de informação pode criar uma falsa impressão de que somos completos. Mas a completude do ser humano vem do escolher , questionar as informações, e ir atrás da verdade, ou a manipulação te engole. O gesto mais revolucionário que as pessoas podem ter hoje é pensar com suas próprias cabeças. Um dia a gente chega lá...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Eu sou ...

Que tudo vê, tudo sente...
Que tudo lê, tudo absorve...
Que se diverte, se subverte...
Se distrái e se comove...
Sou quem eu devo ser, e quem eu quero ser e ponto.

7 de maio de 2008... Dia do Silêncio....

Dia do Silêncio....

Silêncio para reverenciar os mortos

Silêncio para refletir

Silêncio para relaxar

Se for por tais motivos sim, devemos nos dar um dia de silêncio....

Mas com tantas coisas que necessitam acabar com o silêncio, não seria melhor comemorarmos o Dia do Barulho?

Barulho contra políticos corruptos

Barulho contra o capitalismo exacerbado que domina e exclui

Barulho contra injustiça

O silêncio diante de tamanha “palhaçada”, ou melhor, tamanha crueldade se torna em vão, sem sentido. Será que devemos ficar calados diante de tanta covardia? Não, devemos fazer barulho, mas aquele barulho que move, aquele barulho que surte efeito. Não à alienação, não à acomodação. A massa não deve ser regida por um pequeno grupo que não se importa com seus direitos e bem estar. A massa deve ser regida pela massa. Cada um por sim, mas todos por todos. O egoísmo e a exclusão não devem fazer parte de uma nação que possui a maior riqueza natural do mundo. Devemos nos cuidar, cuidar do que é nosso, do que nos faz bem. Devemos excluir sim, mas o que não nos acrescenta, o roubo, a enganação, a humilhação. Quando nos tiram o direito de dar o que comer ao próprio filho é humilhante, é degradante. Quando nos tiram a liberdade de ir e vir, nos trancafiando em grades e medo, é ofensivo, é destrutivo.

A melhor reação para isso é o barulho, não ao silêncio. Ninguém nunca deve nos calar, ninguém nunca deve nos corromper.

Viva o dia do barulho... Viva o dia do seu orgulho...